Demorou, mas finalmente estou ativando este blog que foi concebido algumas horas antes de eu sair do Brasil. A princípio, criei o blog para mandar notícias constantes e manter os amigos informados sobre o que eu ando fazendo por aqui, mas pretendo continuar postando mesmo depois de voltar para casa.
Como estou aqui já há 24 dias, acumulei muita coisa pra contar e não tenho certeza se vou dar conta. Mas, vamos aos poucos, começando pela justificativa de por que só estou dando notícias agora. Acontece que aqui lanhouses e cybercafés são muito caros! Os lugares cobram 1 dólar por 4 minutos de internet. O que é muito comum é internet sem fio nos hotéis, cafés e restaurantes, mas, para isso, você tem que ter um laptop.
É por esse motivo que no domingo passado, às 10h50 estávamos eu e dois amigos plantados na frente de uma loja de eletrônicos chamada Best Buy, ao lado de uma pequena multidão de 50 pessoas esperando as portas abrirem, o que aconteceu precisamente às 11h. Não pude deixar de ficar um pouco constrangida com a situação. Talvez este país esteja me deixando um pouco mais consumista do que é saudável ser (me lembrem de contar sobre o WallMart!), mas, enfim, é apenas por três meses, vai!
A Best Buy é conhecida por promoções malucas de laptops e eu saí de lá com o meu! A minha amiga Bruna também. Depois, quase fomos atacadas por um maníaco no ponto de ônibus, mas isso já é outra história...
Diário de bordo
Saí do Brasil na madrugada do dia 17 de dezembro, à 1h50. No aeroporto, estava um pouco enjoada, resultado do nervosismo de fazer uma grande viagem sozinha pela primeira vez. Tomei um dramin por recomendação da minha mãe e por isso quase não consegui ver o avião decolar. Em poucos minutos eu atingi um sono profundo, que era interrompido de vez em quando pelos comissários servindo alguma coisa. Apesar do sono, a viagem não foi muito tranquila. Numa das raras ocasiões em que abri os olhos, senti uma certa claustrofobia por não poder levantar quando eu quisesse.
Chegando a Miami, a moça da alfândega foi muito simpática (é sério, sem ironia!) e, depois de despachar a minha bagagem, ainda sobraram umas quatro horas até o vôo para Orlando, nas quais eu decorei as capas das revistas das prateleiras de uma livraria (incluindo a ampla seção latina), tomei chocolate quente no Starbucks e dormi em cima da minha mala de mão (o dramin continuava fazendo efeito).
O vôo Miami – Orlando transcorreu sem problemas e eu tive a sorte de sentar na janela de novo. É o meu lugar preferido, apesar do pequeno ataque de claustrofobia do vôo anterior. Lá no aeroporto, surpreendentemente, minha mala chegou sem nenhum arranhão! Aproveitei para comprar minha passagem Orlando – Nova York e peguei um táxi para o hotel. Esse percurso foi muito emocionante, já que o endereço que me deram como se fosse o do hotel era, na verdade, do McDonald’s. Depois de rodarmos por vários minutos, o taxista me emprestou o celular para eu ligar no escritório do Mc e confirmar o endereço do hotel. Depois, ele achou o lugar sem problemas e nem cobrou tão caro.
Hoje
Só para não fazer um post gigante contando todas as histórias atrasadas, vou contar alguma coisa realmente atual. Hoje eu, a Bruna e a Flávia (duas das meninas que dividem o quarto comigo – a outra é a Rubi) compramos o passe anual do Wet’n’Wild! Sim, janeiro continua sendo inverno no hemisfério norte, mas a Flórida é um caso à parte. Semana passada fez bastante frio por uns três dias, a temperatura mínima foi de -3C. Depois esquentou de novo, tanto é que hoje aproveitamos a manhã tomando sol e nadando no Wet’n’Wild! O dia mais frio do ano foi justo quando fomos ao Sea World. Hoje também fomos na loja da Victoria’s Secret no Florida Mall e já fizemos um estrago nos cartões de crédito!
Ainda não falei nada sobre o trabalho no Mc, o que requer um post especial. Já adianto que as pessoas de lá não são muito simpáticas, o trabalho não é muito gratificante e eu já levei a maior bronca no segundo dia por ter feito um Double Quarter Pounder with Chease com uma carne só. Quando o gerente veio me perguntar repetidas vezes, num tom de voz nada simpático: “Is this a Double Quarter with Chease???”, com o lanche aberto na minha frente, eu não pude responder que eu não dava a mínima para a configuração exata de um Double Quarter with Chease, mas, esde então, aprendi a não levar aquele lugar muito a sério.
Mas um dos gerentes é muito legal, o Deryl. De vez em quando ele me dá alguma coisa, como fichas para os jogos e sorvete do bistro gourmet (uma seção que tem no Mc daqui que serve massas, pizzas e uns pratos e sobremesas mais sofisticados). Aqui conheci pessoas muito legais! No nosso hotel, tem mais um quarto de brasileiros e vários quartos de colombianos, todos estudantes trabalhando no Mc. Depois publico uma foto deles.
That’s it for today. Aqui é 22h28 e preciso voltar para o meu quarto para preparar uma delícia de Cup Noddles de 27 cents. Logo logo posto mais novidades e mais histórias antigas desses 20 e tantos dias de viagem.
See ya!