quinta-feira, 20 de março de 2008

I S2 NY!


Peço licença para pular o capítulo que diz respeito às minhas últimas semanas na Flórida para escrever sobre meus dias em Nova Iorque.

Hoje amanheceu um dia bem chuvoso - choveu desde o momento em que eu saí do albergue até o momento em que entrei no metrô para voltar para casa. Quando saí do metrô, ironicamente, a chuva tinha parado. O meu plano era ir à Times Square como o primeiro programa do dia, mas, por causa do tempo, ir ao MoMA me pareceu um programa mais... hm... seco. Chegando lá, tive que enfrentar uns 40 minutos de fila... do lado de fora do prédio! Não poderia estar mais errada quanto ao "seco".

Já estava resignada a entrar no museu ensopada e, afinal, a sensação térmica de tomar chuva num frio de 5 graus não era tão ruim quanto eu esperava. Quando pensei que a chuva estava parando, olhei para cima e vi um guarda-chuva em cima da minha cabeça. As pessoas aqui têm se mostrado, em geral, bem gentis comigo. Esses, porém, não eram nova-iorquinos - eram turistas australiano. O casal italiano da minha frente também me ofereceu um espaço sob o guarda-chuva depois.

A verdade é que, quando se viaja sozinha, é comum se encontrar em situações em que a ajuda de outras pessoas se faz necessária, ou aparenta ser necessária. Foi o caso de quando eu estava procurando a casa onde Truman Capote escreveu Bonequinha de Luxo, no Brooklyn. Sozinha, com a máquina fotográfica em uma mão e o mapa na outra, eu só poderia parecer perdida - foi quando um grupo me abordou perguntando se eu precisava de orientação.

Outra ocasião em que me ofereceram ajuda foi no metrô, vindo para o albergue com duas malas de 20kg cada. Uma mulher simplesmente carregou uma das minhas malas da estação até o albergue. Ela só dava risada e dizia “you’re crazy!”, por estar viajando sozinha com tanta bagagem.

As fotos dos meus dois primeiros dias de viagem são todas de paisagens. Sim, essa é outra desvantagem de viajar sozinha. A foto acima é um Jackson Pollock que vi no MoMA. Agora tenho que ir dormir porque amanhã será mais um longo dia de peregrinações em museus e parques!

ps.: não gostei da Times Square. Muita gente, muita luz, é um lugar estressante. Além disso ainda tinham pessoas distribuindo papeizinhos sobre um “filme científico” que estava passando de graça a cada 15 minutos. Na verdade, era uma tentativa de lavagem cerebral pela Scientology Church, a igreja do Tom Cruise, que, aliás, tem uma sede na própria Times Square.

Um comentário:

Daniel Médici disse...

Tem um Pollock no Pompidou. Parecido. Só que mais branco...
Um turista perdido pode aprender lições de vida em NY ou Florida, mas no Rio ou SP, ele vai perder a carteira. Só a carteira, se tiver sorte.