terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Dias de turista


Cansada desta minha vida proletária, resolvi fazer alguns programas típicos de turista na semana passada. Devidamente orientada por um guia da Flórida que pedi pela internet, saí do hotel na quarta-feira de manhã disposta a andar bastante e tirar fotos. Comprei um day pass para poder andar o dia inteiro de ônibus por quatro dólares e segui em direção ao centro da cidade.

Antes de chegar ao centro em si, tive que passar no escritório da Oerther Foods – a empresa que é dona dos McDonald’s da cidade – para pegar o meu pagamento que misteriosamente foi parar lá. Tive que andar umas cinco quadras gigantes de uma rua chamada Orange Blossom (no estado da laranja, grande parte dos nomes de lugares tem a ver com “orange”). Como eu já disse uma vez, Orlando não é a melhor cidade para se andar à pé. Algumas ruas simplesmente não tem calçada e os motoristas passam olhando como se você fosse uma aberração. Então o percurso foi relativamente solitário, apesar do tráfego pesado de caminhões da rua.

O que eu já tinha reparado da outra vez que fiz esse caminho é que lá tem vários estabelecimentos que se intitulam “gentlemen’s clubs”. Dentre eles, o que mais me intrigou foi um que se chamava Baby Doll Gentlemen’s Club: a placa em frente dizia “10 hot chicks and 1 ugly one” (???). Da próxima vez que passar lá à pé, tiro uma foto!

Enfim, depois do paycheck eu peguei o outro ônibus para downtown. Da estação até o Park Eola fui de Lymmo – é o nome do ônibus de graça que sai de 5 em 5 minutos e passa em quase todos os lugares do centro da cidade (não, não é uma limo). O lago Eola é um dos cartões postais de Orlando – é realmente bonito, com uma fonte enorme no meio e muitos patos, esquilos e cisnes que andam por lá como se fossem pedestres – pela calçada. Em volta do lago tem uma pista de caminhada, um anfiteatro e alguns cafés. É claro que o tamanho do parque nem se compara ao Ibirapuera, mas ele tem seu charme próprio.

No dia seguinte voltei para downtown para ir ao museu da cidade, dessa vez acompanhada pela Rubi, uma das minhas roomates. Lá tem uma seção sobre a história da Flórida bem instrutiva, ao que parece – a laranja, a pecuária, o clima, os lagos, os negros, os nativos, a disney, os meios de transporte... Tinha também uma exposição sobre brinquedos do século XX muito divertida! A gente se divertiu horrores tirando fotos num tribunal que foi desativado em 1999 – igualzinho esses que aparecem nos filmes. Além, é claro, de coisas kitsch como “o maior ioiô do mundo”. Aliás, eles adoram essas coisas por aqui: a maior gift shop do mundo, o maior McDonald’s do mundo (é como se auto-intitula o lugar onde eu trabalho), o maior pneu do mundo, etc, etc... Ainda tenho que contar sobre o outro museu que visitei hoje e sobre uma ida frustrada a um jardim botânico que já tinha fechado, mas fica para um outro dia.

Fato interessante que descobri no museu: Jack Kerouak escreveu um livro em Orlando – The Dharma Bums. Que os mesmos ares que inspiraram Kerouak também me inspirem para que eu faça alguma coisa de útil por aqui. Hoje foi um dia particularmente ruim no trabalho e em tudo mais, mas tenho planos para que os próximos sejam melhores.

Um comentário:

Unknown disse...

Mariiiii força ai meninaaa...
Vc é a minha amiga mais otimista e com certeza todos os seus dias vão ser melhores, mas qndo vc voltar para o Brasil, a gente vai sair juntas e vai ser melhor...hahahaha
To com saudadeeeee!!!!
**e tira bastante foto eim***
T amooo

Bjinhussss